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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Descanse em paz, PalmOs.

Apesar de a HP, após adquirir a empresa em 2010, ter abandonado o nome Palm de seus atuais dispositivos, ele continua associado com a plataforma webOS e, por muitos anos, “Palm” foi sinônimo de PDA. No começo dos anos 2000, quase todo mundo fazia referência a esses gadgets como "palm".

O Palm Pilot 1000 foi lançado em março de 1996 e vinha com um processador de 16MHz e 128KB de RAM. Apresentou uma nova maneira de entrada de dados por meio de seu método Graffit e finalmente permitiu às pessoas que levassem consigo informações, contatos e agenda com eles o tempo todo. Depois vieram outros dispositivos, mais evoluídos e melhores, como os Palm III, IIIx, V e VII. Cada um deles trazendo uma legião de admiradores que instalavam o Palm Desktop em seus PCs para poder ter a sincronização funcionando corretamente.

Outras empresas como a Sony, TRG e mesmo a companhia chamada HandSpring, criaram produtos licenciados para o PalmOS. A companhia comprou a HandSpring por sua linha de telefones Treo. Após uma decisão desastrosa de vender sua divisão de sistema operacional em 2003, readquiriu os direitos do PalmOS em 2005 e decidiu focar novamente seus esforços na empresa.

A plataforma estava velha e precisava ser atualizada. A empresa fez uma tentativa com o PalmOS, lançando uma atualização de codinome Cobalt, mas o produto não foi escolhido por nenhum fabricante de hardware, incluindo-se a própria Palm, que optou pelo Windows Mobile 5 e 6 da Microsoft para ser executado em seus telefones Treo. Um fato lamentável e sem lógica no meu ponto de vista. Neste momento, começou a ruína do sistema.

Em 2009 lançou o webOS, um sistema operacional completamente novo que iria competir com o iPhone. As vendas foram modestas e no ano seguinte a empresa foi vendida para a HP.

A HP descontinuou nesta semana os seus equipamentos com esse sistema, devido a baixa venda e alega que irá analisar oportunidades de licenciamento ou outros métodos para manter o webOS vivo, mas a realidade é que ele está acabado. Não há dispositivos planejados para o sistema operacional. Ainda mais com o sucesso estrondoso do iPad e de dispositivos com Android, é certo que o sistema morreu. Não existe mais espaço para ele.

Uma pena tudo isso, visto que eu fui um usuário assíduo de diversos modelos Palm, incluindo um PalmPilot, Palm IIIx e Palm Tungsten. Ainda tenho em casa, jogado em algum canto um bonito Palm Tungsten. Hoje, totalmente sem uso e morto. É triste ver como campanhas de marketing fracas e estratégias de negócios mal feitas levam um excelente produto ao fracasso. Se não fossem as ídas e vindas da Palm, talvez hoje esses "Palms" poderiam ser os mais usados e por que não mais cobiçados gadgets no mercado.

Triste, mas é assim que funciona o mercado de tecnologia.

Um abraço.

Marcelo


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Samsung Galaxy Tab de 7 polegadas com wifi + 3g


Hoje vou comentar a minha experiencia com o galaxy tab de 7 polegadas da Samsung. O produto que adquiri é o modelo GT-P1000L e vem com wifi e tecnologia 3g para quem quiser colocar o chip da operadora e usar o device como celular. Como falei, ele tem uma tela de 7 polegadas que oferece resolução máxima 1024x600 com suporte a 16 milhões de cores. Apesar de não ser grande, a tela da conta do recado muito bem. Consegue carregar bens as páginas da Internet e tem uma excelente resolução, possibilitando uma leitura agradavel e sem forçar os olhos. Tem processador de 1.2GHz, que é superior ao processador da versão lançada lá fora, que só tem 1.0GHz. Com este processador, ele consegue rodar bem os programas sem trancos.

Como extra, oferece tv digital e analógica e permite a captação de canais a partir de uma antena que fica embutida no aparelho.

O tablet tem câmera frontal de 1.3 Mega Pixel e traseira de 3.0 Mega Pixel e permite que se faça video-chamada quando se utiliza o chip de uma operadora. Eu particularmente não vou usar esse recurso, visto que não é nada agradavel usar o aparelho desse tamanho como um celular. Se bem que o aparelho tem como acessório um fone de ouvido bluetooth que pode ser conectado ao tablet e usado nas chamadas. No meu caso preferi habilitar o recurso de "tethering" e conectar o tablet com meu celular para usar a rede 3G. No meu ponto de vista, essa solução é bem melhor. Essa operação dá um pouco de trabalho pois é necessário habilitar o "root" no tablet, mas nada como uma pesquisa no Google para descobrir como fazer isso. Depois de feito isso, o aparelho tem o root habilitado e possibilita fazer tethering na conexão com o celular.

Falando mais um pouco sobre as características do tablet, ele permite reprodução de vídeos em full HD (1080p), tem GPS e possibilita conexão DLNA (esta conexão permite o envio de dados para outros dispositivos que suportam a conexão, como por exemplo passar um vídeo do tablet numa tv que ofereça suporte a tecnologia). o Galaxy Tab tem uma espessura de cerca de 1cm e um peso de aproximadamente 380 gramas, ou seja, ele pesa bem menos do que o iPad, seu concorrente natural.

O tablet vem com sistema Android 2.2, o Froyo, e tem 16 Giga de memória interna e 512MB de RAM. Além disso, oferece suporte a microSD de até 32Giga. O kit vem com carregador, fone de ouvido estéreo, cabo usb para conexão com o computador, fone de ouvido bluetooth, case de proteção e manual de usuário. Ou seja, é bem completo.

Em termos gerais, posso dizer que o aparelho é um ótimo companheiro para o dia a dia. Não da pra pensar em substituir por completo o notebook ou computador pessoal, mas este deve sim ser usado como um complemento a esses equipamentos. Se a pessoa comprar com esse pensamento, sem dúvida que não vai se arrepender.

Digitar no teclado com tecnologia Swype pode até ser meio estranho no começo, mas em pouco tempo você vai se acostumar e sentir falta, quando usar um gadget sem este recurso. Vale destacar que o Swype só funciona bem com o Tab no modo retrato, e se preferir usar com o tablet deitado, é melhor optar pelo teclado tradicional do Android.

A bateria de 4.000 mAh do Galaxy Tab dura pelo menos umas 9 horas, assim você pode usar o tablet durante o dia sem se preocupar em precisar encontrar uma tomada. Outra vantagem é que a bateria pode ser recarregada com rapidez, o que é muito importante para quem vive trabalhando na rua.

Além dos milhares de aplicativos disponíveis no Android Market, você também pode instalar os programas e jogos da loja Samsung Apps. E se você gosta de livros eletrônicos, pode comprá-los na Livraria Cultura, que conta com um aplicativo que já vem instalado no Tab. O leitor de eBooks da Samsung também funciona muito bem, e com o Readers Hub, você poderá comprar eBooks (em inglês) da loja Kobo.

O player de vídeo é bem versátil, e toca arquivos em vários formatos como DivX, XviD e WMV, incluindo suporte a legendas. Também é importante destacar que, ao contrário do iPad, o Galaxy Tab tem suporte ao Flash Player 10.1.

A integração com o Gmail, Google Maps e Google Reader é perfeita, e vai fazer a alegria de quem usa os serviços do Google todos os dias, como este que vos fala.

Concluindo, posso dizer que valeu ter gasto R$700,00 para comprar o produto. O preço do tablet varia bastante, e só consegui esse preço pois optei pela fidelidade de 1 ano com minha operadora de telefonia celular. Isso não é problema para mim, visto que não pretendo sair da operadora agora. Se formos comprar o aparelho "livre", iremos encontrar valores entre R$999,00 e R$1500,00. Por isso acho que foi boa a compra. Além do item preço, percebo que o aparelho tem sído um ótimo complemento do meu notebook, onde posso ver meus emails, acessar redes sociais, navegar por sites e ate mesmo submeter artigos para esse blog. Confesso que não fiz esse artigo no tablet pois a digitação de textos longos no swype não é muito agradável. Esse ítem sera resolvido com a compra de um teclado bluetooth externo, que permitirá uma melhor digitação.

Ah, e falando de acessórios, tem uma infinidade de gadgets que podem ser adquiridos em diversos site. Existem kits de carregamento veicular, suporte para carro, canetas, conectores usb para pendrives, teclados, cabos para conexão com tv e muitos outros. Sem dúvida, um monte de acessórios que vai deixar a nossa vida melhor com o tablet.

Bem, é isso. Termino aqui essa pequena avaliação do produto. Espero que sirva de base para outras pessoas interessadas no produto. Um último comentário: A Samsung acaba de lançar o modelo com tela de 10 polegadas e outros recursos para competir com o iPad2. Eu particularmente prefiro o modelo com 7 polegadas, pois é menor e se acomoda melhor na nossa mão. O modelo de 10 polegadas é grandalhão e foi feito especialmente para competir com o iPad2, que também é grandalhão e obriga o usuário a sempre usar a Apple Store para comprar programas. Acho simplesmente ridículo esse modelo de negócio da Apple.

Um abraço a todos.

Marcelo

Apple alterou a foto do Galaxy Tab no embate da União Européia

A aproximadamente 1 semana a Apple conseguiu um vitória expressiva contra a rival Samsung, onde no processo movido pela empresa a corte alemã proibiu a venda do Galaxy Tab em quase toda a União Europeia. A justiça alemã liberou a venda do produto hoje em outros países, mantendo a proibição na Alemanha.

O processo acabou indo parar na Internet e muitas pessoas perceberam que pelo menos uma foto do Galaxy Tab havia sido claramente alterada para que o device ficasse com o mesmo formato do iPad.


A falsificação foi notada primeiro pelo noticiário holandês Webwereld. Na página 28 do processo, um par de fotos mostra o iPad e o Galaxy Tab 10.1 lado a lado, com formatos idênticos. Em ambos, a relação entre altura e largura é de aproximadamente 1,3. Mas o verdadeiro Galaxy Tab 10.1 tem tela mais alongada. Sua relação de aspecto é quase 1,5. Basta olhar uma foto verdadeira do Galaxy Tab 10.1 para notar que a imagem publicada foi manipulada de modo a alterar o formato.

Que vergonha senhor Steve Jobs e Apple. Usando de artifícios escusos para ganhar um processo. Em tempo, eh evidente que o Galaxy Tab tem uma certa semelhança com o iPad, pois os dois são tablets e se propõem a fazer a mesma coisa. Mas dizer que o produto é uma cópia fiel, isso é simplesmente ridículo. E como pode ser uma corte suprema de um país aceitar o fato. Isso é outra piada de mal gosto.

Já mexi um pouco com o iPad e agora tenho um Galaxy Tab e posso dizer que os dois são bem diferentes. O último oferece muito mais recursos e não tem as limitações ridículas impostas pela Apple no seu equipamento. Em breve, vou postar um post com as impressões mais detalhadas do Galaxy Tab.

É por esse tipo de coisa que não gosto de empresas como a Apple e não coloco meu dinheiro em dispositivos comercializados por elas.

Marcelo

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Google compra Motorola Mobility

Nesta segunda-feira, o Google anunciou a aquisição da Motorola Mobility, fabricante de tablets e celulares, ao preço de 12,5 bilhões de dólares.

Declaradamente, o Google está de olho nas 17.000 patentes da Motorola Mobility (outras 7.500 já estão a caminho). Controlando o direito de uso dessas invenções, a empresa escapa de disputas jurídicas, muito comuns no setor de tecnologia.

Além da questão relacionada a proteção legal, a Google também tem interesse em aperfeiçoar o seu sistema operacional para dispositivos móveis, o Android, e certamente essa compra vai favorecer isso.

Agora, o que nós, usuários, podemos esperar realmente dessa compra?

Analistas concordam que, de posse da propriedade das invenções da Motorola, o Google fortalecerá o Android, seu sistema operacional para dispositivos móveis, evitando reclamações judiciais e pagamentos de royalties a donos das patentes.

Contudo, existe uma pergunta que já esta sendo feita por muitos: com uma fábrica de celulares e tablets nas mãos, a Motorola Mobility, a empresa comandada por Larry Page (CEO da empresa) manterá parcerias com fabricantes como HTC, Sony Ericsson e Samsung? Ou apostará suas fichas no desenvolvimento de aparelhos próprios?

Na declaração que fez a imprensa, Page afastou a segunda hipótese. Afirmou que as duas companhias seguirão independentes e adiantou declarações positivas dos principais parceiros do Android.

De fato, as cerca de 17.000 patentes adquiridas pelo Google com a compra da Motorola devem dar ao gigante de buscas uma posição confortável frente à concorrência. Além de facilitar o desenvolvimento de novas ferramentas, que não exigiriam o pagamento de royalties aos donos das tecnologias, a empresa ainda poderia retirar dos parceiros do Android o ônus de pagar direito de propriedade intelectual a outras companhias. Vale lembrar, atualmente o Android está presente em 43% dos smartphones de todo mundo.

Caso a gigante decida desenvolver celulares e tablets Google, poderia surgir uma situação ao menos inusitada, onde os atuais parceiros se tornariam concorrentes. O curioso é que este caso poderia abrir uma brecha para a Microsof (rival do Google), onde as empresas que atualmente são parceiras do Google poderiam, em tese, abandonar o barco do Android e abraçar o sistema da Microsoft, o Windows Mobile Phone.

Como percebemos, isso é briga de peixe grande. Agora é esperar pra ver o desfecho disso.

Um abraço.

Marcelo





domingo, 7 de agosto de 2011

6/8, 20 anos da WEB

A “World Wide Web”, ou simplesmente Web, comemorou ontem (6/8) seus 20 anos de vida.

A data é comemorada a partir da publicação de Tim Berners-Lee, em 6 de agosto de 1991, do primeiro website que trazia detalhes sobre o projeto do hypertexto.

Vale lembrar que embora Web e Internet estejam amplamente ligadas, ambas não se tratam da mesma coisa.

Enquanto a Web é um meio de informação, que permite aos usuários ler e escrever em computadores conectados; a Internet existe desde meados da década de 1960. E serviços como a web e o e-mail operam através da internet.

De qualquer forma, vale comemorar o nascimento do padrão WWW e que você pode conferir nessa reprodução da página criada por Berners-Lee há exatos 20 anos.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Computação em nuvem: Modismo ou algo que veio pra ficar?

Na última semana estive participando do EMC Forum 2011. O evento tratou exclusivamente do tema computação em nuvem com o tema “Nuvem encontra Big Data”.

Durante um dia foram apresentadas várias palestras sobre o tema, onde foi mostrado que a computação em nuvem não é um modismo e realmente veio para ficar. Muitas empresas sérias estão adotando a solução em seus mais variados níveis a fim de obter benefícios estratégicos.

Uma palestra muito interessante foi a do CIO da EMC, senhor Sanjay Mirchandani, onde ele falou com muita propriedade sobre a evolução do tema computação em nuvem, e deu uma excelente explicação sobre o que refere-se o termo big data, bem como mostrou quais são os principais procedimentos para levar a “Big Data” para a nuvem. Em tempo, Big Data refere-se a toda informação (estruturada ou não) que existe por ai. São informações estratégicas e necessárias para as empresas e que estão “invadindo” o ambiente de computação em nuvem.

Também foram apresentadas técnicas de backup em nuvem, bem como deve ser o gerenciamento da proteção de dados para ambientes empresariais em nuvem. No geral, o evento foi muito bom e mostrou que o tema não é algo passageiro e que veio para ficar. Empresas pequenas e grandes devem se preparar para isso e aquelas que não utilizam a solução, devem saber que algum dia o tema vai entrar nas mesas de discussão estratégia. É um fato que não tem volta.

Os fabricantes de tecnologia devem ajudar os seus clientes a entrarem no mundo da computação em nuvem e para isso é essencial a criação de novas habilidades dentro das empresas. Os profissionais de TI precisam estar preparados para essa mudança que cedo ou tarde ocorrerá. Como fazer isso? Acompanhando o mercado, observando tendências, conversando com outros profissionais a partir de fóruns, blogs, etc.

A principal dificuldade a ser enfrentada nos próximos anos é o grande volume de informações geradas fora das empresas e de forma não estruturada (vídeos, imagens, documentos comuns, SMS, etc). São dados que não se encaixam nos atuais sistemas de análise das empresas. Segundo a EMC, estima-se que atualmente existam 1,2 zetabytes de dados e em 2020, esse volume pode chegar a 35 zetabytes. (1 zetabyte = 1.000 exabyte = 1.000.000 petabyte = 1.000.000.000 terabyte = 1.000.000.000.000 gigabyte)

Sem dúvida é um novo mundo que exige muito estudo e preparação para evitar problemas, principalmente aqueles que se referem a segurança da informação. Não existe “bicho-papão”nesta estória, mas é essencial que as empresas definam o que se deseja fazer em termos de computação em nuvem, bem como o que se espera em termos de segurança, disponibilidade da informação e principalmente em quanto tempo se deseja concluir o processo de migração para a nuvem. Profissionais qualificados e competentes são essenciais para conduzir o processo, por isso as empresas devem investir na instrução de seus colaboradores.

Para concluir esse artigo, digo que a computação em nuvem veio para ficar e que as empresas devem se preparar para esse salto evolutivo. A cada dia surgem novas soluções em nuvem que ajudam as empresas na solução de problemas. Para aqueles que já estão trabalhando no tema em suas corporações, boa sorte nos trabalhos de migração e não se esqueçam de postar suas experiências para a comunidade. Aqueles que ainda não estão trabalhando, fiquem alertas ao mercado e se preparem, pois em algum momento o tema vai aparecer na sua frente.

Um abraço a todos.

Marcelo