A alguns anos atras era comum escutar dos profissionais de seleção de recursos humanos que um bom funcionario é aquele que fica a vida toda numa empresa, tendo poucas mudanças de endereço profissional. Inclusive isso era muito bem visto no momento de contratação, sendo que os profissionais "ganhavam pontos" por terem ficado muitos anos numa mesma corporação.
No século 21, esta ocorrendo uma verdadeira quebra de paradigma com relação a esse tema, onde se esperam que profissionais troquem de emprego entre 15 a 20 vezes num periodo de 50 anos, ou seja, a cada 3 anos ou menos.
Segundo pesquisas em empresas realizadas recentemente nos Estados Unidos, quando se pergunta ao empregador qual a expectativa do tempo médio que um empregado deve ficar na empresa, a grande maioria responde que o empregado deve ficar entre 3-5 anos (mais de 45% das respostas). Isso realmente indica uma mudança grande no mercado de trabalho.
Anteriomente, ao fazer uma contratação, as empresas olhavam o curriculum da pessoa e se esta havia ficado muito tempo no emprego, ela era considerada um profissional exemplar. O oposto (pessoa ficava pouco tempo e mudava muito de emprego), era visto com muito receio, sendo que no geral o profissional era considerado instável, ganancioso ou egoísta. Independente das qualidades técnicas, esse profissional já era "negativado".
Hoje, esta ocorrendo justamente o inverso. Se uma pessoa fica muito tempo numa empresa, a primeira pergunta que vem é "O que diabos essa pessoa tem feito de especial para ficar tanto tempo ai?". No geral, quando isso acontece pode ser que a empresa não é dinâmica e está estagnada ou mesmo que o profissional não é dinâmico e se acomodou no cargo/função. Observem que isso não é uma regra, mas uma percepção.
Como podemos nos resguardar dessa nova tendência para não sermos considerados profissionais obsoletos e acomodados? A Educação continuada é a arma. Um profissional deve sempre procurar fazer cursos e se aperfeiçoar. Achei muito legal a comparação disso com a analogia de um carro novo. Um carro novo perde aproximadamente 10% do seu valor ao sair da concessionária, independente de se comprar uma Ferrari último tipo ou um Chevrolet "basicão". O valor do carro começa a declinar no momento que começamos a usá-lo. No caso do lado profissional, o valor de um treinamento e educação começa a declinar no momento que completamos o curso. Anos depois de sua realização já não vai valer muita coisa, ou mesmo valer nada.
Resumindo, independente das nossas habilidades ou cursos acadêmicos, a educação continuada é a aposta vencedora. Seremos sumariamente excluídos se não estivermos devidamente treinados e conseguirmos acompanhar o mercado. A resposta simples e direta para isso é "sempre evoluir profissionalmente através de educação continuada e não se deixar estagnar".
Bem, é isso. Achei bem interessante a temática e quebra desse paradígma. Temos que ficar atentos para não virar "elefantes brancos" nas corporações. É umais um tema para pensar.
Marcelo
Este blog tem por finalidade principal a apresentação de comentários, avaliações, notícias, opiniões e dicas sobre os diversos temas da Tecnologia da Informação. Meu nome é Luís Marcelo Achite, sou formado em Matemática com Especialização em Engenharia de Software e Mestrado em Computação Aplicada. Trabalho na área de TI há 25 anos e venho acompanhando assiduamente a sua evolução desde os áureos dias dos XTs, ATs e 386.
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
Carreira em TI: Ficar no emprego por 2-3 anos e mudar. Seria essa uma nova tendência?
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