Nesta segunda-feira, o Google anunciou a aquisição da Motorola Mobility, fabricante de tablets e celulares, ao preço de 12,5 bilhões de dólares.
Declaradamente, o Google está de olho nas 17.000 patentes da Motorola Mobility (outras 7.500 já estão a caminho). Controlando o direito de uso dessas invenções, a empresa escapa de disputas jurídicas, muito comuns no setor de tecnologia.
Além da questão relacionada a proteção legal, a Google também tem interesse em aperfeiçoar o seu sistema operacional para dispositivos móveis, o Android, e certamente essa compra vai favorecer isso.
Agora, o que nós, usuários, podemos esperar realmente dessa compra?
Analistas concordam que, de posse da propriedade das invenções da Motorola, o Google fortalecerá o Android, seu sistema operacional para dispositivos móveis, evitando reclamações judiciais e pagamentos de royalties a donos das patentes.
Contudo, existe uma pergunta que já esta sendo feita por muitos: com uma fábrica de celulares e tablets nas mãos, a Motorola Mobility, a empresa comandada por Larry Page (CEO da empresa) manterá parcerias com fabricantes como HTC, Sony Ericsson e Samsung? Ou apostará suas fichas no desenvolvimento de aparelhos próprios?
Na declaração que fez a imprensa, Page afastou a segunda hipótese. Afirmou que as duas companhias seguirão independentes e adiantou declarações positivas dos principais parceiros do Android.
De fato, as cerca de 17.000 patentes adquiridas pelo Google com a compra da Motorola devem dar ao gigante de buscas uma posição confortável frente à concorrência. Além de facilitar o desenvolvimento de novas ferramentas, que não exigiriam o pagamento de royalties aos donos das tecnologias, a empresa ainda poderia retirar dos parceiros do Android o ônus de pagar direito de propriedade intelectual a outras companhias. Vale lembrar, atualmente o Android está presente em 43% dos smartphones de todo mundo.
Caso a gigante decida desenvolver celulares e tablets Google, poderia surgir uma situação ao menos inusitada, onde os atuais parceiros se tornariam concorrentes. O curioso é que este caso poderia abrir uma brecha para a Microsof (rival do Google), onde as empresas que atualmente são parceiras do Google poderiam, em tese, abandonar o barco do Android e abraçar o sistema da Microsoft, o Windows Mobile Phone.
Como percebemos, isso é briga de peixe grande. Agora é esperar pra ver o desfecho disso.
Um abraço.
Marcelo
Este blog tem por finalidade principal a apresentação de comentários, avaliações, notícias, opiniões e dicas sobre os diversos temas da Tecnologia da Informação. Meu nome é Luís Marcelo Achite, sou formado em Matemática com Especialização em Engenharia de Software e Mestrado em Computação Aplicada. Trabalho na área de TI há 25 anos e venho acompanhando assiduamente a sua evolução desde os áureos dias dos XTs, ATs e 386.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
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